Etnografia
Tradicionalmente, no concelho da Póvoa de Varzim, apesar da sua pequena dimensão, podemos detetar diferentes tipos humanos e diversos usos e costumes, fruto de vários condicionalismos geográficos e atividades económicas. A partir da pesca e da agricultura combinaram-se três formas de subsistência: o ancoramento ribeirinho do pescador poveiro que tem a pesca como atividade exclusiva; a fixação na orla marítima do seareiro de Aver-o-Mar e Aguçadoura que granjeava no mar e em terra e, por fim, a sedentarização do lavrador, enraizada em solo firme. O traje é o elemento externo onde mais facilmente se notam as particularidades de cada zona. A forma de vestir do pescador poveiro destaca-se pela sua originalidade - o traje de branqueta, apresentado pelo Grupo Folclórico Poveiro, é somente um dos muitos e interessantes modos de trajar da "colmeia" piscatória. Nas outras duas comunidades sentem-se as influências minhotas e maiatas. Nas danças e cantares, tanto nas chulas, malhões e viras, como nas danças de roda do poveiro, o suporte instrumental é, com ligeiras diferenças, o mesmo: a concertina, o acordeão, a viola, o cavaquinho, os ferrinhos, o reco-reco e o bombo.
No Folclore refletem-se aspetos da vida quotidiana. Talvez por isso, os povos da beira-mar exibem danças mais vivas, como que condicionados pelo incessante rumor das águas e elevem pouco os braços, invocando talvez o alar das redes, enquanto que o lavrador projeta bem os membros superiores para cima, lembrança, quiçá, das fatigantes, mas "altivas" malhadas.
São muitos os agrupamentos folclóricos no concelho, praticamente cada freguesia tem o seu grupo representativo. O mais antigo é o "Grupo Folclórico Poveiro" fundado em 1936 por António dos Santos Graça.
Ala-Arriba!
– expressão muito própria da cultura e identidade local, que significa «força, para cima»! Era gritada quando se puxavam os barcos para terra, por toda a comunidade. Os pescadores mais possantes colocavam-se na parte da frente do barco, enquanto os outros se distribuíam ao longo do costado. Na praia, um grupo de homens e mulheres puxava a embarcação por uma corda. Fincando os ombros no costado, auxiliavam o avanço do barco, areal acima, deslizando sobre toros de madeira. Pés fincados na areia, ombros derreados pelo peso da embarcação, as veias do pescoço entumecidas pelo esforço, a lancha lá ia galgando a ladeira, palmo a palmo (Idem).
Para cadenciar os movimentos do numeroso grupo que “alava” o barco, o mestre gritava, entusiasmando o pessoal:
- vamos embora!... vá ála, ála…álárriba!
A lancha baloiçava, avançando sobre os toros de madeira que serviam de apoio e facilitavam a deslocação. Alguns homens tinham a perigosa missão de retirar os toros da retaguarda, quando a lancha já os tinha ultrapassado, colocando-os na frente, mantendo o “tapete” por onde o barco era empurrado. Após muito esforço, a lancha chegava a local seguro. Da garganta dos participantes na esforçada tarefa elevava-se um “álárriba, álárriba” orgulhoso. Missão cumprida, até o barco ser levado novamente para o mar (in Santos Graça, “O Poveiro”). Foi Leitão de Barros com o filme do género drama-documental «Ala-Arriba», rodado em 1941-42, baseado no livro «O Poveiro», que deu a conhecer a Portugal e ao mundo a típica comunidade piscatória da Póvoa de Varzim.
Siglas Poveiras
As siglas poveiras são uma forma de "proto escrita primitiva", já que se trata de um sistema de comunicação visual rudimentar; devem-se a colonos Vikings que passaram o seu sistema de escrita para a população poveira há cerca de mil anos atrás. As siglas eram usadas como brasão ou assinatura familiar para assinalar os seus pertences - também existiram na Escandinávia, onde eram chamados de bomärken, e de onde esta tradição provém. No passado, era também usado para recordar coisas como casamentos, viagens ou dívidas. Devido a isso eram conhecidas como a "escrita" poveira, sendo bastante usada porque muitos dos habitantes desconheciam o alfabeto latino, e assim as runas adquiriram bastante utilidade. Os vendedores usavam-nas no seu livro de conta fiada, sendo lidas e reconhecidas por estes tal como nós reconhecemos um nome escrito em caracteres latino. As siglas-base consistiam num número bastante restrito de símbolos dos quais derivavam a maioria das marcas familiares; estes símbolos incluíam o arpão, o coice, a colhorda, a lanchinha, o sarilho, o pique (incluindo a grade que era composta de piques cruzados). Muitos destes símbolos são bastante semelhantes aos que são encontrados no Norte da Europa e geralmente possuíam uma conotação mágico-religiosa de proteção quando pintados nos barcos. Siglas antigas podem ainda ser encontradas na atual Igreja Matriz (Matriz desde 1757) e na Igreja da Lapa (na Póvoa de Varzim), na Capela de Santa Cruz (em Balasar), em vários locais religiosos do Noroeste Peninsular e são ainda usados de forma cada vez mais ligeira por algumas famílias de pescadores. A mesa da sacristia da antiga Igreja da Misericórdia, que serviu de Matriz até 1757, guardava em si milhares de siglas que serviriam para um estudo mais aprofundado, mas foi destruída quando a igreja foi demolida. Os poveiros escreviam a sua sigla na mesa da Igreja Matriz quando se casavam, como forma a registar o evento. As siglas eram passadas do pai para o filho mais novo, já que na tradição poveira que ainda perdura, o herdeiro da família é o filho mais novo tal como na antiga Bretanha e Dinamarca; aos outros filhos eram dadas a mesma sigla, mas com traços, chamados de «pique». Assim, o filho mais velho tem um pique, o segundo dois, e por aí em diante, até ao filho mais novo que não teria nenhum pique, herdando assim o mesmo símbolo que o seu pai. O filho mais novo é o herdeiro da família, pois era esperado que tomasse conta dos seus pais quando estes se tornassem idosos. Também, e ao contrário do resto do país, é a mulher que governa e dirige a família - este matriarcado radica no facto de o homem estar normalmente a pescar no mar, sendo muito provavelmente uma reminiscência de costumes matrilocais muito antigos.
Grupo Folclórico Poveiro
Foi fundado em 24 de junho de 1936, pelo etnógrafo poveiro António dos Santos Graça, com a finalidade de manter vivos os trajes, danças e cantares dos pescadores. Ao longo da sua atividade, o Rancho Poveiro, como é conhecido, dançou por todo o Portugal, desde o Minho ao Algarve, em Espanha, França, Suíça, Brasil e Bélgica. Os trajes são os usados pelos pescadores da Póvoa nos finais do século XIX, predominando a “branqueta” (fazenda de lã branca) nas saias e nas calças e ainda a tão famosa camisola poveira, de lã branca, bordada a ponto de cruz com motivos marítimos, que as raparigas ofereciam aos namorados. A tocata é formada por acordeões, violas, cavaquinhos, bombo e ferrinhos. As chulas, os viras e as danças de roda são as mais tradicionais. Desde a sua fundação, o Rancho Poveiro está sob a responsabilidade da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, sendo um digno representante da cultura popular local. Encontra-se filiado na Federação de Folclore Português.
Traje do grupo Folclórico Poveiro
Os pares que o formam envergam os trajes que correspondem ao de romaria da Classe Piscatória Poveira no final do século XIX, usados quando os pescadores poveiros se dirigiam aos centros de peregrinação, para cumprir as promessas que faziam em momentos de perigo ou de doença grave. A grave tragédia marítima de 27 de fevereiro de 1892 que, ao vitimar grande número de pescadores poveiros, afogou a Póvoa no luto da viuvez, orfandade e familiar levou ao desaparecimento dos trajes garridos da comunidade piscatória. Em 1936, com a fundação do Rancho Folclórico Poveiro, este vistoso traje foi recuperado, constituindo a indumentária do Grupo. Os homens envergam as características camisolas poveiras, de lã branca, bordadas a ponto de cruz, com motivos marítimos, as calças são de branqueta, enfaixada, a cabeça cobre-se com um típico “catalão” vermelho, forrado a branqueta, e calça meias de algodão com “berloques” e chinelos de cabedal amarelo. As mulheres vestem camisa branca e colete vermelho, apertado com atacadores, saia de branqueta, comprida e bastante rodada sobre um saiote vermelho de branqueta, à volta da cinta, para arregaçar as saias, um ourelo (cordões de lã) de cores diversas, pelas costas traçam um xaile branco e cobrem a cabeça com lenço de merino, de cores garridas. Ao pescoço usam ricos cordões de ouro nos quais penduram lindos crucifixos. Calçam meias de algodão, rendas e chinelos de verniz preto, arrebitados no bico, uma característica local.
Rancho Tricanas do Cidral – Matriz
O Rancho das Tricanas do Cidral, fundado em 12 de junho de 1920, renasceu em 1986, após largos anos de inatividade, através da Associação Cultural e Recreativa da Matriz. É composto por dançarinos, coro, ensaiador e tocata - acordeão, viola, saxofone, trompete, bombo e ferrinhos. Rancho de raiz urbano, apresenta a mulher típica poveira, a Tricana.
Rancho Tricanas da Lapa
Fundado em 1952 na Póvoa de Varzim, renasceu em 1985, após largos anos de inatividade, através dos Leões da Lapa Futebol Clube. É composto por cerca de 50 elementos que trajam segundo a época de fundação do grupo. Rancho de raiz piscatória, apresenta a mulher típica poveira — A Tricana, e o homem veste camisa de xadrez, típico dos pescadores.
Rancho de Belém
Rancho do lugar da Giesteira, de raiz rural e de tradições populares, fundado em 1953. Após um pequeno interregno, ressurgiu em 1990 através da Associação Desportiva Recreativa Académico de Belém. É constituído por cerca de 40 elementos, distribuídos por dançadores, tocata, coro, solistas, ensaiador e diretores. A tocata é composta por acordeões, violas, reco-reco, cavaquinho, bombo e ferrinhos.
Rancho Estrela do Norte
Fundado em junho de 1954, as suas atividades foram interrompidas entre 1958 e 1963. Ao comemorar os 25 anos da sua fundação em 1979, o Rancho Estrela do Norte foi lembrado pela comissão de festas de S. Pedro, fazendo-o renascer. A tocata é composta por saxofone, trompete, acordeão, viola, bombo, castanholas e ferrinhos. Rancho de raiz urbano, apresenta a mulher típica poveira — A Tricana. Desde 1986 o Rancho Estrela do Norte está agregado à Secção Cultural do Centro de Desporto e Cultura Juve-Norte.
Grupo recreativo e etnográfico “as tricanas poveiras”
Fundado em 5 de julho de 1993, é composto por antigos componentes de Rusgas e Ranchos Populares, nomeadamente dos Bairros da Matriz, Norte e Sul da cidade da Póvoa de Varzim. O Grupo é composto por cerca de 40 elementos, tocata, coro, dançadores, ensaiador e direção do grupo. Na apresentação Recreativa destaca-se a mulher da Póvoa, “A Tricana
Poveira”. Na apresentação Etnográfica podem-se apreciar os bonitos trajes urbano e rural, cópias dos originais em exposição e da pertença do Museu Municipal. A tocata é composta por acordeão, viola,
cavaquinho, ferrinhos e bombo. Encontra-se filiado no INATEL.
Camisola Poveira
O estudo das raízes e evolução da camisola poveira é extremamente complicado, primeiro pela dificuldade de preservação da matéria prima de que é feita e, segundo, pelas escassas fontes documentais que a ela se referem. A própria origem e produção de peças de lã tricotadas está, infelizmente, pouco documentada e estudada. No caso concreto da Póvoa é-nos possível remontar ao século XVIII, época em que os pescadores usavam camisolas de lã em cor natural. Isto é o que se depreende das imagens pintadas em ex-votos do Santuário da Senhora da Abadia, em Amares. A partir destas pinturas podemos deduzir, com as devidas cautelas, que o uso da camisola era generalizado entre os pescadores, sendo uma caraterística suficientemente notória ao ponto do pintor se decidir a representá-las.
Ao longo do século XIX são numerosas as representações em pinturas, gravuras e depois fotografias em que o pescador poveiro se apresenta trajado com a camisola e por vezes com o catalim. Neste contexto podemos assim considerar que ela fazia parte do traje corrente da comunidade., envergada por homens ou na generalidade, pelo sexo masculino. A camisola era realizada em lã natural proveniente da região da serra da Estrela, vendida em meadas de fio grosso, de melhor ou pior qualidade. O seu consumo vai aumentar a ponto de se designar correntemente como “Lã Poveira” e com este nome anunciada na publicidade de fábricas serranas. Segundo a tradição estas camisolas eram confecionadas em Azurara e depois bordadas pelos velhos pescadores poveiros. A gramática decorativa das mesmas não se distanciava muito dos motivos típicos do Minho, atentes em louças de Barcelos, lenços de namorados ou até nas camisas bordadas dos agricultores minhotos. Assim, encontramos aves afrontadas, vasos com plantas, desenhos florais e outros semelhantes. O passar dos anos vai adicionar outros motivos, nomeadamente a integração do nome próprio bordado. Não é possível datar com segurança esta alteração mas é provável que a mesma esteja associada à função de banheiro, ocupação que muitos pescadores assumiam no verão, cabendo-lhe o papel de acautelar a segurança e bem-estar dos turistas que, durante o século XIX, demandavam a Póvoa de Varzim já em grande número.
A tragédia do 27 de fevereiro de 1892, que mergulhou a comunidade piscatória poveira no luto e tingiu de negro o traje tradicional, não impede, no entanto, que em fotografias dessa altura surjam adultos e crianças trajando a camisola. Para além disso a memória coletiva não cessa de relembrar o seu uso, quando mais não seja como adereço nas festividades locais. Ao longo do século XX a camisola, pela sua originalidade e beleza, vai-se tornando num ícone da comunidade local. Santos Graça escolhe-a para o Rancho Poveiro e a sua singularidade vai atrair atenções começando-se a promover a sua venda para vários pontos turísticos do país. O filme Ala-Arriba, realizado por Leitão de Barros em 1942, galardoado no Festival de Veneza, apresenta um retrato da vida dos pescadores da praia da Póvoa de Varzim e serviu, igualmente, de bom embaixador da camisola no país e no estrangeiro.
No período pós 2ª Guerra Mundial, com o surgimento do gosto pela moda étnica, a camisola poveira bordada salta fronteiras e torna-se um produto apetecível para nacionais e estrangeiros. Numa fase inicial ela funciona como chamariz mas rapidamente esta nova clientela solicita adaptações e novos produtos. Surgem assim outros tipos de camisolas, casacos, carapuços e coletes confecionados nos mais diversos e elaborados pontos de tricot. Encontrado um contexto onde não escasseia o know-how, os empresários locais recrutam inúmeras mulheres da classe piscatória, mas não só, levando à produção em massa de milhares de camisolas e outras peças para os mercados nacional e internacional. Nesta altura generalizam-se, igualmente, toda uma série de motivos nos bordados, tornando o produto mais apetecíveis ao turista. Acrescentaram-se aos temas tradicionais elementos de sabor marítimo como o barco, a âncora, a roda do leme, os peixes, as conchas e um número crescente de siglas poveiras, fato que, logicamente, não acontecia nas camisolas mais antigas. Esta última evolução só foi possível num contexto em que as siglas tinham perdido já todo o sentido prático, pois sendo elas usadas para identificar a propriedade individual não teria sentido acoplar várias marcas de posse num só objeto. Estes motivos decorativos destacam-se pela beleza e pormenor do trabalhado. A zona do peito é objetivamente a área mais marcante, no entanto os bordados e outros efeitos não se limitam a esta zona. Também as mangas, o decote, as barras no punho, o remate junto ao ombro e na parte inferior da camisola são objeto de labores com diferentes níveis de complexidade. A originalidade desta peça não está só nos motivos decorativos, mas também no seu modelo invulgar. De uma base de tricot simples, onde predomina o ponto liso, consegue-se com o uso do ponto de meia realçar a própria estrutura da peça que apresenta um talhe retilíneo, mangas reglan e uma abertura no decote que fecha com um conjunto de pequenos torcidos. O fluir do tempo e das modas levou à evolução da camisola sem no entanto descaraterizar aquela que é a peça mais marcante do traje tradicional de romaria e festa do pescador poveiro. Às mudanças já assinaladas ao nível dos motivos e extensão da área bordada juntou-se a adoção de algodão, outros tipos de lã e mesmo fibras sintéticas com o propósito de tornar o produto mais económico ou mais adaptado ao uso nos meses mais quentes. A valorização cultural do produto levou-o a um grande destaque, mesmo em termos internacionais. Em 1968, uma das figuras de topo do jet-set de então, a princesa Grace do Mónaco, aparece numa fotografia editada numa revista francesa envergando uma camisola poveira. Em Portugal esta peça é muitas vezes usada como recordação turística, verdadeiro ícone de Portugal ombreando com o “Galo de Barcelos”, e ainda hoje, a encontramos nas lojas de Nazaré, Sintra ou Estoril. A partir dos anos 80 a mudança da moda leva à quebra de procura e à decadência local desta atividade que, durante mais de uma década, moveu o comércio local e ajudou no equilíbrio financeiro de muitas famílias. A camisola poveira vai perdendo protagonismo e pouco a pouco a sua venda restringe-se ao chamado turismo de saudade, adquirida sobretudo por emigrantes poveiros para a levar para suas terras de adoção. Lentamente o comércio da camisola desaparece e apenas uma ou outra loja ainda a tem para venda. Ciente do autêntico tesouro cultural que desaparecia, o Município da Póvoa de Varzim empreende diversas iniciativas para fazer renascer a camisola poveira, entre as quais um curso específico, em parceria com o Instituto de Formação Profissional IEFP, para formar obreiras para a confeção. A iniciativa empresarial de uma poveira levou também à criação de uma linha de vestuário onde se faz a combinação de elementos da camisola poveira com pele e couro, daí resultando modelos de grande originalidade e beleza. Também estilistas de renome, como Nuno Gama, buscaram inspiração neste ex-libris do artesanato local, apresentando na sua coleção de 2006 uma gama de produto em malha aos quais foram aplicados motivos usados nas camisolas, trabalho esse realizado por bordadeiras da Póvoa, segundo as técnicas tradicionais. A camisola poveira surge assim como uma peça de traje tradicional que graças à sua singularidade tem condições para se perpetuar, tanto pela manutenção da sua forma mais pura como pela inspiração que nela buscam criativos das mais diversas áreas, reinventando a sua imagem (Carneiro, D., Gomes, J. e Rodrigues, J., Camisola Poveira, CMPV). Em 2018, numa parceria entre a União das Freguesias da Póvoa de Varzim, Beiriz e Argivai e o IEFP, foi dada uma formação a dezenas de senhoras que aprenderam a tricotar e a bordar a camisola poveira.