Procissão dos Passos
A tradicional Procissão do Senhor dos Passos está a cargo da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Varzim. A cerimónia é organizada em conjunto com a Câmara Municipal e a Confraria do Santíssimo Sacramento. A Procissão, que conta com um número elevado de figurantes, sai do Largo da Misericórdia, percorre várias artérias da cidade e termina na Igreja da Misericórdia. Com esta procissão, a Misericórdia procura consolidar a tradição, nomeadamente cumprindo as celebrações religiosas da Páscoa. Guimarães. Em 1220, “Sancto Michaele de Argivai” era local de hospedagem do mordomo do rei, onde recebia as rendas dos vinte e dois casais rústicos que o monarca possuía. A sede do julgado era no castelo de Faria, sendo Petrus Petri, o senhor dos direitos reais, que se supõe ter vivido em Amorim. Em 1209, D. Sancho I doou Vila do Conde a D. Maria de Pais Ribeiro, amante do rei, conhecida por “Ribeirinha”” (Borges, J. Monografia do Concelho da Póvoa de Varzim. Coleção “Na Linha do Horizonte – Biblioteca Poveira” nº 27. Município da Póvoa de Varzim, 2014. ISBN 978-972-9146-84-8)
Semana Santa
São muitas as manifestações que se desenrolam neste período, umas de carácter profano, como o «Serra-essa-Velha» ou a «Queima do Judas», outras de cunho marcadamente religioso, como a Procissão dos Passos, a Procissão e Bênção de Ramos e, na 6ª Feira Santa, à noite, a sumptuosa e impressionante Procissão do Enterro do Senhor
Peregrinação da Senhora da Saúde
No último domingo de maio realiza-se a peregrinação arciprestal à Nossa Senhora da Saúde, organizada pela Confraria de Nossa Senhora da Saúde Paróquia de São Miguel de Laúndos, Paróquia de Nossa Senhora da Conceição (Matriz) e Arciprestado de Vila do Conde/Póvoa de Varzim. Milhares de pessoas fazem todos os anos o caminho desde a Igreja Matriz da Póvoa de Varzim até ao Santuário de Laúndos. Do programa consta a Eucaristia, na Igreja Matriz da Póvoa de Varzim, às 7h30, e no final da cerimónia, pelas 9h00, inicia-se o percurso a pé ao longo de 7 quilómetros que separam a Matriz da Póvoa do altar no terreiro do Santuário de Nossa Senhora da Saúde, numa procissão comandada pelo andor da devoção, carregado em ombros por pescadores. Às 11h00, realiza-se a Eucaristia Campal no recinto do Santuário de Nossa Senhora da Saúde. Da parte da tarde, às 16h00, tem lugar a recitação do terço, adoração e bênção do Santíssimo Sacramento e cerimónia do adeus.Entre diversos motivos que ajudam a viver este dia de uma forma ainda mais intensa, destacam-se os sempre belos tapetes de flores dentro do Santuário, reconhecida obra de arte, e fora do mesmo junto ao altar da celebração.
Corpo de Deus - Procissão do Corpo de Deus
Datada de 1544 na Póvoa de Varzim, aquando da autorização da manutenção da Sagrada Custódia na capela de Madre Deus, o Corpo de Deus é uma festa móvel da Igreja Católica que celebra a presença real e substancial de Cristo na Eucaristia. A origem da Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo remonta ao séc. XIII, altura em que a Santa Igreja sentiu necessidade de realçar a presença real do “Cristo todo” no pão consagrado. É no 1º ou 2º domingo de junho que se realiza a Procissão do Corpo de Deus: ao longo do percurso a Procissão vai calcorreando ruas ricamente decoradas de tapetes floridos.
Festas de Santo António no Bairro da Matriz
Por coincidir com a data da sua fundação, o grupo folclórico Rancho das Tricanas do Cidral, tem por hábito festejar a efeméride com uma pequena festa noturna no Largo do Cidral, em pleno bairro histórico da Matriz. Há tradicionalmente a actuação do rancho a que se segue o conite a que os populares se juntem à festa com danças tradicionais da Póvoa e da Matriz.
Dia da Cidade
O dia em se celebra a elevação a cidade. Pelo decreto-lei 310/73, de 16 de junho de 1973, a Póvoa de Varzim ganhou o estatuto de cidade. O ato administrativo seguiu-se à aprovação da Junta Distrital e do governador Civil do Porto e tem as assinaturas do presidente do Conselho, Marcelo Caetano, do ministro do Interior, António Rapazote e do Presidente da República, Américo Tomaz. Neste dia, é realizada uma cerimónia onde a Câmara Municipal homenageia algumas individualidades pelo seu contributo à Cidade. Uma forma de reconhecer o valor e contributo da sociedade civil para o Concelho. Ao longo dos anos o dia tem também sido aproveitado para actos simbólicos como a inauguração da Galeria dos Antigos Presidentes de Câmara.
Festa de S. Pedro
As festividades de S. Pedro, adotadas como «Festas da Cidade», correspondem a uma semana de espetacular animação, em que toda a Póvoa sai para a rua. O momento por excelência é o da «noitada» de 28 para 29 de junho, em que se canta, dança e comem sardinhas assadas à volta das fogueiras, num ambiente onde, rapidamente, se passa do estatuto de desconhecido a conviva cúmplice nos folguedos da noite. Os protagonistas da festa são os vários bairros da cidade que, coordenados pela Câmara Municipal, preparam os tronos e as atuações das rusgas, e onde se pode sentir a alma destas celebrações de raiz genuinamente popular.
Procissão de S. Pedro
“A procissão dos Santos Populares (Santo António, S. João e S. Pedro) iniciou-se aí por 1961 [1962] e tem saído com regularidade no dia de S. Pedro, 29 de junho, que é o dia de Feriado Municipal da Póvoa. Substitui as procissões de Santo António e S. João.” (0 Cf. COSTA, J. Martins da - As Procissões... Ob. cit.,1979, p. 173)
“Em 25 de Junho de 1950 já se referenciam com destaque as procissões de S. António e S. Pedro, conjugando as duas e destacando já a figura do S. Pedro Pescador. A partir de 1962, articulam-se as devoções dos três santos populares num só cortejo e festividade. A Procissão de S. Pedro e dos Santos Populares partiu de uma ideia do Major Mota de iniciar um pouco mais cedo a estação balnear e criar um feriado municipal exclusivo para a Póvoa. Como S. António e S. João eram já festejados em todas as vilas e cidades em redor (Vila do Conde, Porto, Braga), resolveram seleccionar como santo do concelho S. Pedro pescador e incentivar as festividades em 29 de Junho, apoiando rusgas, o arraial, noitada, mas também a procissão, a que a Câmara se vai associar. Esta inicia-se na Igreja matriz e termina na Igreja da Lapa, passando, assim, em frente ao mar, como já acontecia com a Procissão de N.ª S.ª da Assunção, que era em períodos anteriores considerada a grande festividade da povoação. A ideia que partiu da década de 50 só se realizou em 1962, mas, a partir daí, colheu total aceitação por parte da população e turistas. S. Pedro Gonçalves Telmo - o santo dominicano, medieval, protector das tempestades, invocado como protector dos mareantes de Portugal e Espanha no período das descobertas, cujas relíquias se veneram na catedral de Tui - era o S. Pedro a que recorriam os pescadores da Póvoa. Na antiga matriz, depois igreja da Misericórdia, conservou-se a bela escultura em calcário do século XV (?) e, até inícios do século XX, os pescadores e pescadeiras iam acender velas e lamparinas junto da imagem antiga para pedir a protecção na altura das tempestades e quando era lançada uma nova lancha ao mar. Foi por isso fácil a aceitação do novo S. Pedro, o qual, em vez de apresentar uma embarcação aos pés, sai nas procissões num barco, na atitude de atirar as redes ao mar.” (Carneiro, D.M.V. (2006). As Procissões na Póvoa de Varzim (1900 – 1950). Imaginário Religioso e Piedade colectiva. Dissertação de Mestrado em Estudos Locais e Regionais. Faculdade de Letras – Universidade do Porto, Porto. pp. 93 – 94)
Festa de Nossa Senhora da Assunção
No dia 15 de agosto, a Virgem é venerada com toda a pompa e circunstância. É tão grande o culto que o poveiro dedica à sua Augusta Padroeira que quis, desde sempre, mostrar esse profundo sentimento religioso. Uma das tradicionais formas de o fazer é o colocar no cimo dos mastros dos seus barcos os melhores lenços da sua mulher, filhas ou noiva, como homenagem à Senhora que vai passar a abençoá-los. Era assim noutros tempos e é ainda hoje, apesar da classe piscatória se encontrar altamente reduzida pela emigração. O momento mais alto dos festejos corresponde à grandiosa procissão que conhece o auge quando, frente ao porto de pesca, os andores são voltados para o mar e milhares de foguetes lançados dos barcos engalanados rebentam num estalejar ruidoso.
Festa de Nossa Senhora das Dores
A procissão de Nossa Senhora das Dores começou por se realizar no quarto domingo de agosto para se fixar desde o início do século passado no terceiro domingo de setembro. Milhares de penitentes, de todas as idades e categorias sociais, incorporam-se todos os anos no cortejo religioso, na maioria descalços e com velas do seu tamanho na mão ou representativas da parte do corpo onde se pretende que ocorra a cura. Decorre em meados de setembro esta festividade com tradições seculares onde, para além dos tradicionais festejos com espetáculos de variedades, fogo preso e grandiosa procissão, ressalta a típica e muito concorrida feira da louça (2.ª e 3.ª semanas de setembro)
Festa de Nossa Senhora do Rosário
A Festa de Nossa Senhora do Rosário realiza-se no dia 8 de outubro, na Matriz. O ponto alto é às 16h com a Majestosa Procissão, com mais de 300 anos de tradição. A Procissão de N.ª S.ª do Rosário, organizada pela Confraria da mesma invocação, teve como primeira imagem a gótica Nossa Senhora de Varzim. O seu retábulo, na igreja matriz, é dos mais
Festa de Nossa Senhora da Conceição do Castelo
A festividade de Nossa Senhora da Conceição, apesar de ser o orago da paróquia, é tradicionalmente celebrada com arraial e procissão de velas, na véspera, e com romaria (com doces tradicionais, danças, pau ensebado, etc.) no dia, na capela de N.ª S.ª da Conceição do Castelo / Fortaleza da Póvoa de Varzim.